Não é o que acontece conosco que nos define, mas o que fazemos com o que acontece!
Todo artista precisa de grandes emoções.
Mas especificamente, picos de emoções: Raiva, paixão, medo, loucura... Essas emoções apertam um botão que liga um alarme de criatividade obrigando-o a colocar para fora o que está, aparentemente, amarrado, amordaçado, dentro dele. Pode prestar a atenção que os melhores poemas, livros, pinturas vieram durante ou logo após uma separação ou o início de uma paixão, ou em um período de crise financeira que deixou o artista sem saída e mortinho de medo...
Depois de passar por alguns perrengues, descobri que apesar de ser uma artista, não são somente os artistas que dão grandes saltos depois de situações extremas. Veja bem: grandes empresários tiveram grandes idéias em períodos de crise e de falidos pularam para o posto de multimilionários; homens e mulheres que descobriram ter grandes talentos quando estavam à beira da “miséria” financeira; pessoas que na cadeia descobriram que eram bons leitores e concluíram os estudos, descobriram uma profissão lá dentro, no lugar mais improvável de todos.
Conheço terapeutas de sucesso que descobriram a profissão depois de passar pelo turbilhão emocional do divórcio; mães que descobriram a espiritualidade e se tornaram grandes mestres espirituais após perderem um filho ou outro ente querido. Poderia listar aqui mais um milhão de exemplos para te mostrar uma coisa simples: Não é o que acontece conosco que nos define, mas o que fazemos com o que acontece.
Sim, é mais simples do que parece. E vou dar um exemplo muito pessoal: após um divórcio desastroso, em todos os sentidos, me vi sozinha em um quarto e sala alugado, com mais dívidas do que poderia imaginar pagar, desempregada e completamente desestruturada emocional e psicologicamente. Ouvi muitas vezes o termo fundo do poço na minha cabeça. Eu poderia ter desistido, mas resolvi fazer diferente e disse a mim mesma: Vou ser maior que tudo isso!
Neste período, reconheci a Espiritualidade, descobri talentos que nem imaginava ter, conheci as melhores pessoas que poderia conhecer e hoje, digo com pureza d’alma que sou muito bem sucedida emocional, psicológica e profissionalmente. Os projetos não param de chegar. As propostas são constantes. Então, o que foi que mudou? O divórcio? O banco e os credores perdoaram as dívidas? Não, quem mudou fui eu e o que fiz com isso.
O talento para escrever sempre esteve aqui, mas estava adormecido. A habilidade com vendas também. As noções de espiritualidade já nasceram comigo. Mas eu precisei passar por um período complicado para relembrar que tinha a solução para tudo o que eu estava passando. E foi então que eu escolhi parar de sofrer. Sim, é uma escolha!
Eu sei que às vezes o mundo parece bem escuro. E eu estou aqui para te dizer que te entendo, mas que sei que você pode mudar isso hoje mesmo! Use essa raiva, medo ou tristeza que talvez esteja sentindo, use a rejeição, a angústia para ligar o botão e encontrar uma forma só sua de dar uma volta por cima esplêndida! Pinte, escreva, pratique um esporte, leia, converse, pesquise... Use as armas que tem para isso. Afinal, você não tem mais nada a perder. Só a ganhar!
Namastê
Muito obrigada!
Até a próxima.