Os Quatro Compromissos

O livro “Os quatro Compromissos” é um dos mais simples e também um dos mais profundos que já li.

Ele explica basicamente tudo que você precisa saber e praticar para ter uma vida feliz e plena.

Foi escrito com base na Filosofia Tolteca, uma comunidade extinta de artistas e espiritualistas do México, cujo legado considerável é passado de geração em geração através de mestres.

Logo na introdução, o autor, Don Miguel Ruiz, explica a metáfora do espelho enevoado, que já valeria pelo livro todo:

“Tudo o que existe é uma manifestação do ser que denominamos Deus… O verdadeiro nós é puro amor, pura luz”, consequentemente, é possível nos ver em tudo e todos.

Somos como espelhos.

Mas, quando vivemos na ilusão, este espelho fica enevoado e não conseguimos nos reconhecer no outro.

“Esse nevoeiro é o Sonho, e o espelho é você, o sonhador”.

À seguir, o autor explica como fomos domesticados, geração após geração, para viver na grande ilusão.

Desde o momento em que os adultos (já doutrinados) educam crianças através da repetição dos seus conceitos, regras, preparando-as para vier em conformidade com a sociedade e concordamos com tudo, sem contestar.

“Ter fé é acreditar incondicionalmente”.

Não deixam espaço para rebelião e este processo é chamado de “domesticação do ser humano”.

Por medo de sermos punidos, rejeitados, não nos rebelamos.

Nos calamos e fazemos o que não concordamos, sendo premiados com a aceitação dos demais.

E quando seguimos e tentamos nos rebelar, sentimos mais medo, porque a verdade bate de frente com nosso sistema de crenças, aquele que vem sendo passado geração à geração e tomado como "verdade absoluta”.

“Noventa e cinco porcento das crenças que temos armazenadas em nossas mentes não passam de mentiras, e sofremos porque acreditamos nestas mentiras.”

Ruiz explica o conceito de inferno passado pelas religiões:

“É um local de punição, medo, dor e sofrimento, um lugar onde o fogo queima a gente. O fogo é gerado por emoções que vem do medo. Sempre que sentimos raiva, ciúmes, inveja ou ódio, experimentamos um tipo de fogo queimando em nosso interior. Estamos vivendo um sonho do inferno.”

O caminho para sair do inferno seria enxergar que o que nos cega, o que deixa nosso espelho enevoado, são as falsas crenças enraizadas em nossa mente.

Um ideal de perfeição criado e inatingível.

“A morte não é o medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estar vivo - o risco de estar vivo e expressar o que somos na realidade, simplesmente sermos nos mesmos é o maior medo do ser humano.”

O amor próprio e o autoconhecimento são as chaves para a cura desta “cegueira”.

“Quanto mais gostarmos de nós mesmos, menos iremos experimentar o auto sofrimento. O auto sofrimento vem da auto rejeição, e a auto rejeição vem de ter uma imagem sobre o que significa ser perfeito e não atingir nunca este ideal.”

“Se você quer viver uma vida de alegria e realização é preciso encontrar a coragem de quebrar estes compromissos baseados no medo e reclamar seu poder pessoal.”

E para começar, precisa assumir consigo mesmo os quatro compromissos sobre os quais Ruiz fala no livro:

  1. Seja impecável com sua palavra
  2. Não leve nada para o lado pessoal
  3. Não tire conclusões
  4. Sempre dê o melhor de si

Vale muito à leitura!!

Kássia Luana

Kássia Luana

Escritora e empresária, atua na área de comunicação há mais de 15 anos

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