Quantos amigos você tem?
Quantos amigos você tem nas redes sociais?
De quantos deles você tem o endereço e telefone? Para quantos deles você pode ligar e chamar para sair? Para quantos deles você pode ligar para simplesmente conversar? Com quantos deles você pode desabafar? Quantos deles estão dispostos a te ouvir? A quantos deles você está disposto a ouvir? De quantos deles você aceitaria uma visita em sua casa? Quantos deles têm a liberdade de te ligar a hora que for para falar e se abrir? Para quantos dele você pode falar tudo? Pense com calma.
Quando começou a onda da rede social, cheguei a ter 5 mil amigos e muitos seguidores. Mesmo tendo outro perfil somente para trabalho. Aceitava todo mundo, pois acreditava que era uma obrigação profissional. Não, não é. Até pouco tempo acreditava eu ter muito amigos. Mas desde que recomecei minha vida, percebi que este número foi se tornando cada vez menor.
Tem os amigos de farra, os amigos de bate papo, os amigos virtuais, e, os importantes: os amigos de verdade. Chamo de amigos aqueles que atendem a maioria das perguntas que fiz acima: posso falar sobre tudo e ouvir tudo o que estão dispostos a me falar, podem me ligar a qualquer hora, podem frequentar a minha casa livremente, dividem comigo as felicidades e tristezas, sabem guardar segredos ou desabafos sem julgamentos...
Desde então, este processo começou antes mesmo da terapia, comecei a eliminar pessoas das redes... e da vida. Da rede se foram todas as pessoas que nunca me viram na vida ou já viram e nem sabem quem sou, só querem números. Da vida, estão indo embora os aproveitadores, os mentirosos, os juízes do mundo, os fofoqueiros, as vitimas, os sugadores de energia, os usurpadores... Todos que, de alguma forma, não tem nada de bom para acrescentar.
Deixei de frequentar muitos lugares, fiquei com uma memória seletiva maravilhosa (só lembro do que realmente importa), parei de me preocupar com o que diziam a meu respeito, aprendi a dizer NÃO e comecei a dizer a verdade. Dizer a verdade nua e crua. E só os amigos, os verdadeiros amigos, conseguem suportar a verdade. Só eles têm a sensibilidade de saber: “poxa, se ela está me falando isso vou pensar sobre o assunto e, se ela tiver razão, vou trazer pra minha vida”.
E passei a ouvir a verdade desses amigos também. Isso me fez um bem enorme e ajudou a mudar minha vida. Literalmente! Mas eu estava me preparando para isso há anos. Antes eu era uma péssima ouvinte e acreditava que amizade era aceitar tudo do outro. Ofensas, dizer sim sempre, deixar tudo “pra lá”... Este não é um amigo. É um burro de carga.
Então, quando me despi do burro de carga e passei a entender a essência de uma amizade, todos os sugadores se foram e eu me senti rejuvenescer e começar a florescer de verdade. Porque um amigo de verdade quer que você cresça por dentro e para fora, quer que você conheça as verdades da vida, quer que você seja bom e torce por você, te apoia. Um amigo de verdade não é um juiz, é um conselheiro e um compartilhador.
Palavras de Osho: “Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito”. Desenvolva-se. Se a mão direita fez, a esquerda não precisa saber. Seja seletivo: só fique com o que é bom. Leia, viaje, aprenda, aproveite a vida e não deixe que aproveitem-se de você. Não deixem que suguem sua energia. Seja luz por onde passar. Abdique da guerra. Lute apenas pelo que realmente valer à pena. Você sentirá uma felicidade enorme e verá que ganhará uma nova vida. Muito mais feliz e saudável.
Namastê