Marshall, igualdade e justiça
O filme Marshall conta uma parte da história do personagem, que leva o mesmo nome, e se tornou o primeiro juiz negro da suprema corte dos Estados Unidos.
O foco é o desempenho dele no caso de um homem negro, falsamente acusado de estupro e tentativa de homicídio por sua empregadora branca de classe média alta.
Marshall, que viajava pelo país defendendo negros falsamente acusados, foi enviado por uma associação para assumir o caso.
Como era cadastrado em outro estado, precisava de um advogado local para ser aprovado.
O escolhido foi um advogado que tratava de casos pequenos, com personalidade submissa, branco e judeu.
Diante de um juiz e promotor racista (amigos), Marshall teve que atuar como auxiliar do advogado.
Juntos, eles travam uma luta contra o sistema judiciário, as mentiras contadas por acusado e ré, a sociedade racista, além de seus próprios conflitos pessoais.
O filme fala sobre racismo e a luta dos nossos antepassados para abrir caminho para nós.
Mas, pensei muito sobre a personagem acusadora também.
Uma mulher, que apesar de inteligente, com formação superior e atleta, não podia trabalhar, casada com um homem extremamente violento e dominada pelo medo e amarras sociais.
Se hoje é difícil, imaginem 60 anos atrás?
Recomendo que assistam o filme notando os detalhes: como o advogado que trabalhava de motorista porque a Ordem não o achava capaz de advogar por ser negro; o personagem principal, que não aceitou ser mais uma vítima do sistema e aprendeu a se defender e destacar na profissão que escolheu; o racismo escancarado; o racismo vindo de outros povos também vítimas de tal mal; machismo, violência contra a mulher, força, coragem e muito mais.
Vale à pena!