Serena e focada
Certa vez, uma cliente ligou no restaurante em que eu trabalhava.
Foi bem no começo dos meus estudos sobre espiritualidade.
O filho dela, de 4 ou 5 anos, queria fazer um pedido.
Não era algo comum.
Anotei e, como estávamos recebendo muitos trotes, disse: “Pode passar o telefone para a mamãe. Preciso falar com ela para finalizar seu pedido”.
A criança agradeceu e desligou.
Em seguida, a mãe, muito furiosa, ligou e me disse absurdos (xingamentos que não repito).
Que eu havia maltratado o filho dela, que ela se vingaria, que era importante na cidade e eu pagaria pelo que fiz…
Desligou dizendo que iria até o local pessoalmente buscar o pedido e dizer o que eu merecia.
Desliguei o telefone e, enquanto trabalhava, fazia orações para ela, com muita calma e tranquilidade, enviando vibrações de amor, paz e luz.
Não mudei meu comportamento no trabalho ou reagi, apenas alertei o gerente.
Mantive-me serena e focada.
Cerca de uma hora depois, a cliente chegou ao restaurante acompanhada de uma amiga.
Não veio falar comigo, mas a amiga veio, perguntou meu nome, disse que a amiga estava alterada.
Eu a atendi como atendia a todos os meus clientes: da melhor maneira possível.
Enquanto a amiga me olha desacreditada, como se não fosse possível que a amiga falasse da mesma pessoa, a outra observava atentamente de longe.
As duas compraram as refeições e foram embora.
Sem briga, sem confusão. Nada!
E se eu tivesse entrado em pânico?
Se eu tivesse ficado nervosa, com raiva ou medo e respondido com palavras ofensivas?
E se tivesse partido para a briga quando esta adentrou o estabelecimento acompanhada?
Certamente o final seria outro.
Não imagino o que pode ter acontecido para desencadear tal rompante de ira nela.
Também sei que nada do que eu dissesse naquele momento poderia acalmá-la.
Mas eu já havia aprendido que posso controlar meus pensamentos, sentimentos e ações.
Somente os meus.
O que é do outro, é responsabilidade dele.
Então fiz o que podia!
Ninguém pode roubar minha energia, mudar minha postura, controlar minhas ações, se eu não permitir.
Naquele dia, tive uma grande lição e percebi que estava no caminho certo, que deveria continuar estudando e praticando até nas pequenas coisas.
Hoje, ensino o que vivo para outras pessoas através dos meus livros e mentorias.
Valeu à pena!
Pense sobre isso.